quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

XI Congresso Brasileiro de Higienistas de Alimentos - 26 a 29/04/2011 - Salvador

PRAZO PARA ENVIO DE TRABALHOS PRORROGADO ATÉ DIA 25/01!!!

Alimentação em tempos de tragédia

É. Em tempos de tragédia, quando um pé de alface (na Tijuca) custa 4,00, quero ver nutricionista COM NOÇÃO dizer para um desabrigado que ele precisa consumir frutas e hortaliças, e para aquela senhorinha que passa mal de pressão alta em algum abrigo, que ela precisa reduzir o consumo de sódio. Quero ver. Ou melhor: NÃO QUERO VER! Porque sei que existem profissionais assim (como em todas as áreas), e se eu vir um nutricionista dizer isso, vou ficar com vergonha por ele, por mim e pela sociedade. Pausa para contar um causo.

Estava a minha mãe zapeando os canais da TV (sim, ela está lá em casa! eeeeeeeee), quando dei de cara com aquele médico que fala no programa da Ana Maria Braga, dizendo para uma sobrevivente que o filho dela estava com uma dermatite de contato, que precisava lavar a área com água limpa, sabonete anti-séptico, e uma pomada sei lá qual. MEEEUU DEEEUUUS!!! Em que mundo esse cara vive? Ela não tem água potável para beber, não tem roupa para trocar e nem sabonete comum, quanto mais anti-séptico!!!! Troféu Joínha pra ele.

Voltando ao assunto.

Quero ver alguém falar mal do coitado sódio agora, dos acidulantes, dos conservadores em geral. Quero ver. Na televisão só se fala em “por favor, doem alimentos não perecíveis e de pronto consumo, que não precisem ir ao fogo ou à geladeira”. Milagre não existe! Esses alimentos precisam de conservantes SIM para chegar em bom estado a esses consumidores! Diversos métodos de embalagem podem ser utilizados. Latas, Tetra-pak, saches, vácuo... mas sem os acidulantes, estabilizantes, conservantes (e todo aquele blablabla) colaborando com essa conservação, a vida de prateleira desses alimentos poderia ser menor.

Enfim. Não é um momento para criticas aos alimentos industrializados, e sim de repensar nos porquês da utilização dessas substâncias tão criticadas.