Ainda sobre o papo da falta de conhecimento da origem dos alimentos que prescrevemos como sendo saudáveis, acabei de ler sobre pescados contaminados.
Olha só que coisa, falamos tanto deles como fonte de ômega isso, ômega aquilo, etc, etc, mas e aí? Em que água esse peixinho morou? Que aguinha ele bebeu? O que ele comeu? Sim, porque até onde eu sei, muitos dos nossos peixinhos vêm da baia de Guanabara (huuum, que delícia)! Alguém sabe se temos criadouros, piscicultura ou algo do tipo aqui no estado? Sério, se souberem que tem, me contem!
O ideal seria apenas consumir pescado de lugares com garantia de origem comprovada, de produções ou extrativismo livres de contaminantes e de águas não poluídas. Porém, isso se torna quase impossível no mundo atual. Assim, algumas medidas poderiam minimizar a contaminação do pescado, ou mesmo impedir a veiculação de certas doenças, diminuindo o risco de ingestão de um produto contendo algum tipo de patógeno ou toxina, como: cuidados na manipulação do pescado desde sua captura ou despesca, utilizando-se estruturas bem higienizadas, funcionários asseados e manejo dos peixes de forma a garantir o mínimo de injúrias e cortes na pele, evitando-se a contaminação do músculo; higiene no recebimento do produto; todas essas atividades devem ser realizadas com o uso de gelo e o armazenamento deve ser imediato, em temperaturas próximas de zero graus celsius, sob refrigeração constante.
Baixas temperaturas inibem a ação prejudicial dos microrganismos e de suas enzimas proteolíticas (que degradam a proteína). Porém, alguns tipos de pescado podem sofrer alterações de sabor e cor durante a estocagem congelada, por isso mais estudos aplicados nessa área devem ser realizados no intuito de garantir não só segurança alimentar, mas também qualidade sensorial do pescado refrigerados e congelados."
(Fabíola H. S. Fogaça - pesquisadora da Embrapa Meio-Norte)
Daí a importância de se discutir a alimentação/Nutrição num âmbito mais amplo, porque desde o alimento produzido até o consumirmos, é um longo caminho que se percorre. E, na prática da Nutrição, agimos como se o problema residisse entre o alimento e a boca do comensal.
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